2006/08/16


Castelo do Marvão, de onde as aves «se deixam ver pelas costas»

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Fortificação estratégica orientada para a fronteira, de que dista uns escassos 13 Km, este castelo constituiu também um eficaz lugar de refúgio e um extraordinário ponto de observação e vigilância, já que dominava claramente a segunda via mais importante de penetração dos exércitos do país vizinho, a partir de Valência de Alcântara, numa vasta zona do Alto Alentejo que vai de Badajoz ao rio Tejo.

Sobre a inacessibilidade da fortificação, diz o Prior Frei Miguel Viegas Bravo, nas Memórias Paroquiais de 1758:
«É esta vila praça de armas, a mais inconquistável de todo o Reino; da parte do sul é inacessível, de tal sorte que só aos pássaros permite entrada, porque em todo o comprimento é contínuo, e continuado o despenhadeiro de vivos penhos em tanta altura, que as aves de mais elevados voos, dele se deixam ver pelas costas (...) o qual muro, serve mais para não deixar cair os de dentro, do que impedir a entrada aos de fora, e por isso em muitas partes é este muro baixo (...) que esta praça ou presídio não pode ter contra si em tempo bélico mais que a falta de água.»

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1 comentário:

Anónimo disse...

é como eu gosto de ver as "aves raras" - pelas costas